domingo, dezembro 20, 2009

Essa frase retirada do documentário “Pro dia nascer Feliz” me pareceu bem apropriada com o modo de funcionamento humano numa visão humanística. De acordo com essa perspectiva, o ser humano poderia se desenvolver mais saudavelmente, ou nas palavras de Maslow caminhar na direção da auto-atualização, se estabelecesse relações mais autênticas com as escolhas que faz. Relacionar-se autenticamente, é ver as coisas (escolhas) como um fim nelas próprias e não como um meio, é agir pela coisa em si, e não apenas como meio de evitar consequências aversivas.

No texto Algumas Proposições Básicas de uma Psicologia do Crescimento e da Individuação, de Abraham Maslow, essa condição de autenticidade é expressa como a renúncia que o homem deve fazer, durante seu desenvolvimento, dos pais internalizados como guia moral para descobrir sua própria consciência. Assim, deve agir não por medo de perder o amor dos pais, por exemplo, mas porque têm a capacidade de gostar dessas responsabilidades.

Mas muitas pessoas podem confundir essa premissa como um modo de vida mais anárquico, como algo que se resume em simplesmente fazer o que se quer fazer. Para caminhar no sentido de estabelecer relações autênticas, é preciso também comprometer-se tanto com efeitos negativos ou positivos dessas escolhas, e aceitar os riscos envolvidos, como a rejeição, exigindo assim coragem de assumir-se e assumir suas escolhas. Porém, esses riscos valem apena quando se pode agir pela coisa em si e não mais por obrigações, estabelecendo, portanto, relações mais verdadeiras e saudáveis.


Esse foi um primeiro post, para tentar clarificar como a psicologia humanista entende o que é estabelecer relações autênticas e qual importância disso para o crescimento saudável do ser humano, em um post futuro focarei mais na importância desse tema para a educação, já que o documentário citado acima, “Pro dia nascer feliz”, trata justamente da realidade educacional brasileira.


3 comentários:

  1. Oi Lu tudo bem? Adorei como abordou a autenticidade na psicologia humanista, que na perspectiva de maslow é bem análoga a de Jung. Tenho muito interesse em ler a obra de Maslow que vc citou e uma que ele fala sobre a piramide das necessidades, vc poderia me imformar o nome desse obra!

    Desde ja parabéns de seu colega blogeiro!

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  2. Oi Renato!
    Obrigada pelos comentários.
    Acredito que a obra que você está procurando seja "Personalidade e Motivação". Uma das primeiras sobre psicologia humanista.

    =)

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  3. Como bem se sabe, muito do que parece não é, não é verdade? Pois é, por isso e seguindo os temas delicados que a situação exige, o se7e/5 pretende abordar o problema da maneira mais séria possível. Sei que não é fácil e, para dizer a verdade, reconheço que é uma tarefa fodida e até muito perigosa mas, como dizia o "outro", alguém tem de a fazer. Não pense caro/a amigo que aqui o se7e/5 não ponderou , apenas, num assomo de desejo, partiu para a conquista e só porque a menina blogosfera estava com as perninhas bem escancaradas resolveu F..-la. Não, apenas enfrentar a "coisa" de frente sem medo do bicho nem da bicha ou bichona. Os temas devem ser tratados de maneira séria e responsável e não podemos (conto com vocês) deixar que a loucura invada as mentes mais desprevenidas. Nossos amigos e, principalmente as amigas, essas boazonas,devem ser protegidas do bicho papão, esse cabeção que tenta por todos os meios enfiar-se em tudo que lhe cheira a buraquinho acidoso. Tal como o nosso querido amigo e muito estimado J.W.Bush muito bam disse, "quem não está por nós, está contra nós". Aqui o se7e/5 diz que a esse W só lhe faltava o C, e deviam era empacotá-lo por trás e a seco, mas como isso não vem a propósito, e para finalisar que se faz tarde, quero deixar bem claro que não estou com ninguém e eu próprio estou contra mim e só por isso concordo comigo e tudo farei para que vocês, meus prezados amigos leitores, assumam a mesma atitude e vice-versa.

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